COLABORAÇÃO TÉCNICA: GABRIELA CANGUSSÚ
Você já deve ter percebido que algumas pessoas respondem melhor a exercícios que outras. Ou seja, enquanto uns apresentam maior facilidade para perder peso e ganhar massa muscular, outros que fazem o mesmo tipo de treino, não conseguem alcançar um resultado semelhante. Além disso, vemos também que algumas pessoas tem melhor desempenho em esportes de resistência, por exemplo, e outras se dão melhor em esportes de força e explosão muscular.
Isso acontece porque os seres humanos são únicos e possuem características distintas entre eles que respondem de formas diferentes quando estimuladas. Para o melhor entendimento dessas respostas do nosso corpo ao exercício físico, é importante saber que existe um princípio que norteia o treinamento em geral: A individualidade biológica.
Esse fenômeno explica as variações entre os indivíduos da mesma espécie, o que faz que com que não existam seres idênticos, nem mesmo os irmãos gêmeos. Isso significa que cada organismo reage de forma diferente ao mesmo estímulo aplicado, gerando adaptações específicas. Por exemplo: dois amigos começam a correr juntos, seguindo uma planilha. No início, o grau de desempenho é até semelhante, mas passado algum tempo um deles deslancha, enquanto o outro não consegue melhorar sua velocidade.
DE ONDE VEM AS DIFERENÇAS
Podemos dizer que o indivíduo é formado por uma somatória de características genéticas, o genótipo, com elementos que chamamos de fenótipo, que faz com que os indivíduos se diferenciem. Mas o que são essas características?
O genótipo são as características genéticas únicas adquiridas até o nascimento, responsáveis pelo potencial que o corpo apresenta diante de um esforço físico. Elas incluem fatores como composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível e percentual de fibras musculares dos diferentes tipos.
Já o fenótipo são influências externas a partir do nascimento, responsáveis pela evolução das capacidades envolvidas no genótipo, incluindo tanto o desenvolvimento de adaptação ao esforço e das habilidades esportivas, como também a extensão da capacidade de aprendizagem do indivíduo.
Levando isso em consideração, por mais que pareçam semelhantes, cada um de nós possuí um genótipo e fenótipo diferentes, e por isso algumas pessoas respondem melhor a exercícios que outras.
Além disso, existe uma grande variação individual no crescimento celular, no metabolismo, nas respostas cardiovasculares, respiratórias e endócrinas.
O QUE INFLUENCIA
1 – Hereditariedade: Em primeiro lugar, cada indivíduo nasce com uma composição genética predeterminada. Essa pode se desenvolver positiva ou negativamente dentro dos limites com o treinamento e o destreinamento físico, respectivamente.
2 – Nível de condicionamento: Quanto mais condicionado, menor será a melhora relativa para o mesmo programa de treinamento. Em outras palavras, se duas pessoas, uma treinada e uma sedentária, passarem pelo mesmo treino, a sedentária demonstrará maior progresso relativo (%).
Essas influências podem explicar o por quê de algumas pessoas demonstrarem grande progresso após terem realizado um determinado programa e outras demorarem um pouco mais para terem os resultados desejados ou até mesmo não obter nenhuma mudança depois de terem realizado o mesmo programa.
Não se deve esperar que todas as pessoas exibam exatamente o mesmo grau de progresso e no mesmo intervalo de tempo. Portanto, não se compare com ninguém, somos seres únicos com nossas individualidades e limitações.
É importante entender que exercício físico vai além dos resultados estéticos. Por isso não significa que se não obtiver resultados com a prática da atividade física, é melhor ficar deitado no sofá. Um regime de treino poderá provocar reações benéficas ao seu genoma e fisiologia particular. Existem adaptações e melhoras que não são visíveis no corpo, e estas são as mais benéficas e duradouras.
FONTE
BENDA, Rodolfo Novellino & GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal: Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo horizonte, MG: Editora UFMG, 2001.
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