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Guia de como comer no pós-parto para evitar o ganho de peso

Seu bebê veio ao mundo e trouxe, junto a ele, algumas gordurinhas que não te pertenciam antes da gestação? Calma, mamãe, você não está sozinha nessa. É possível voltar ao corpo de antes da gravidez com dois passos simples: basta associar uma boa alimentação no pós-parto com a prática de exercícios físicos.

Não existe nada tão desafiador quanto a realidade de uma recém-mamãe: a rotina vira do avesso, o dia parece encurtar algumas horas, as descobertas da maternidade não têm fim e as responsabilidades com o bebê aumentam cada vez mais.

Em meio a tantas transformações que o período pós-parto traz, as mudanças no corpo são as que mais incomodam grande parte das mães. Uma pesquisa feita pelo International Journal of Obesity mostrou que as mulheres pesam, em um ano após o parto, entre 1,5 kg e 6 kg a mais do que pesavam antes da gravidez.

O aumento na silhueta após a gestação é extremamente normal, mas não agrada às mulheres que, muitas vezes, acabam se aventurando em dietas restritivas para perder os quilos acumulados com maior rapidez. Isso foi mostrado em um artigo publicado no Journal of Biobehavioral Medicine: os cuidados com a alimentação são constantemente deixados de lado no período pós-parto, podendo desencadear uma série de problemas para a mãe e para o bebê.

O desenvolvimento do bebê depende da alimentação no pós-parto

Não é só durante a gravidez que as mulheres precisam “comer por dois”. As mães que estão amamentando devem ter um cuidado redobrado com a alimentação, já que todos os nutrientes que o bebê recebe vêm do leite materno (que carrega as vitaminas e os minerais presentes na dieta da mãe).

Cerca de 250 a 350 mg de cálcio, por exemplo, é transferido diariamente da mulher para o bebê através da amamentação. O mesmo acontece, em quantidade variada, com os outros nutrientes.

Ou seja: se a alimentação no pós-parto não for completa e balanceada, o bebê não receberá a quantidade ideal dos nutrientes que precisa, afetando seu desenvolvimento e sua saúde.

Então é proibido fazer dietas restritivas!

Um artigo publicado na Association of Reproductive Health Professionals mostrou que a maioria das mulheres não consome a quantidade recomendada de cálcio, magnésio, zinco, vitamina B6 e ácido fólico no período pós-parto.

A consequência, como mostrado acima, é sofrida pelo bebê, que pode apresentar carência de nutrientes e ter seu desenvolvimento afetado por conta da má alimentação materna.

O ideal, portanto, é que as mães tenham uma alimentação completa e balanceada, rica em vitaminas e minerais. E nada de fazer restrições calóricas: o processo de produção de leite e o ato de amamentar queima entre 300 a 500 calorias por dia, valor que deve ser acrescentado à dieta.

Como deve ser a alimentação no pós-parto?

O cardápio das mulheres que estão amamentando precisa ser minuciosamente planejado, já que sua alimentação está diretamente ligada ao desenvolvimento do seu filho. O ideal, nesta fase, é que as recém-mamães procurem auxílio de um nutricionista para estipular a melhor dieta a ser seguida.

É importante priorizar alimentos naturais, como frutas, cereais, carnes, peixes, ovos, leite e vegetais. Além disso, é crucial que todos os grupos alimentares estejam presentes no cardápio diariamente. Assim, é possível garantir que o organismo receba todos os nutrientes indispensáveis para a alimentação materna: cálcio, vitamina C, ferro, ômega 3, vitamina B6, entre outros.

Sobre o preparo, o ideal é que os alimentos sejam assados ou cozidos. E é recomendado, por fim, que as mamães façam ao menos cinco refeições por dia (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar).

O que evitar?

Não existem muitas restrições de alimentação no pós-parto, mas é preciso tomar alguns cuidados.

Refeições gordurosas ou ricas em açúcar não são recomendadas, já que o sistema digestivo do bebê não está preparado para receber alimentos complexos. É indicado que as mães evitem, também, ingerir chocolates, café, temperos fortes (como pimenta) e alimentos ricos em enxofre (como couve-flor, jaca, melão, ervilha etc) para prevenir o aparecimento de cólica e gases no bebê. O consumo de bebidas alcoólicas também deve ser restringido.

Como emagrecer depois da gravidez?

O período pós-parto, definitivamente, não é o melhor para fazer dietas restritivas. Mas, ainda assim, é possível perder o peso acumulado durante a gestação de forma simples, sem prejudicar a saúde e o desenvolvimento do bebê.

As mulheres que amamentam já estão em vantagem: o ato é capaz de queimar até 500 calorias por dia – aliado a uma boa alimentação e à prática de exercícios físicos, não há gordura que resista.

Sim, é possível fazer exercícios amamentando! Diversos estudos já comprovaram que o hábito não seca o leite – pelo contrário, traz uma série de benefícios para as mães.

Mas é importante que as mães façam exercícios específicos para quem passou por uma gravidez. O treino deve ser focado nas partes mais afetadas durante a gestação e deve respeitar as limitações maternas. Uma boa opção é o programa Mamãe Sarada: um treino de 14 minutos feito exclusivamente para quem é mãe.

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